sábado, 13 de abril de 2024

Cinco breves ponderações sobre as razões para votar +UFPA

 Ponderações, quase aleatórias, que ajudaram a consolidar o meu voto na chapa +UFPA (Gilmar – reitor e Loiane – vice) para a reitoria da UFPA 2024 - 2028.  

A gente quer comida, diversão, arte e fazer amor!

Será que é louco o poeta ao bradar que não precisamos só de comida, mas também de diversão, arte e de fazer amor? Universidades, escolas, museus, cinemas, bibliotecas, arquivos, e outros equipamentos culturais têm a potência de nos aprimorar, de nos tornar seres humanos melhores, de nos fazer avançar em civilidade, e urbanidade, de nos prover equilíbrio, plenitude, autonomia, competência crítica, liberdade, ... e tem a potência de transformar a realidade, a sociedade, as nossas vidas, cidades, país e a do nosso planeta. A quem e por que tanto incomoda o investimento público em arte e cultura? É razoável isso dentro da universidade? 

O orçamento público é planejamento e é lei!

No setor público o orçamento de cada instituição é rigidamente regulamentado e ele próprio se torna uma norma ao ser consolidado e aprovado pelo congresso a cada ano. A execução financeira também possui regramentos legais rigorosos. Essas condições talvez expliquem uma tendência a tratá-los de forma burocrática e não como instrumentos de planejamento e gestão, mas não autorizam certas afirmações sobre o tema, por postulantes de cargos públicos, que servem apenas para revelar incompetência, leviandade e as vezes má fé.

Questão de gênero e democracia

Penso que a causa social fundamental é a democracia uma vez que ela é uma condição para a possibilidade de expressão de todos, inclusive das pessoas ou grupos sociais minoritários e vulneráveis que pela sua condição passam por violências na forma de assédio, perseguição e outros meios de opressão. Isto posto tenho dificuldade de compreender, particularmente no ambiente universitários, discursos em defesa de causas como a de gênero quando pronunciados por “líderes” que se aliam a dirigentes autoritários num claro flerte com a cultura do patriarcado. A trivialidade de mulheres acusadas de perseguição e assédio moral nas instituições deveria nos fazer refletir que certas questões são mais complexas e não apenas de gênero.

Sobre a experiência e o sentido da vida

Um dia desses uma pessoa próxima me provocou a refletir sobre o tempo, esse patrimônio onde se desenvolve a vida que não nos oferece possibilidade de retorno ou reaproveitamento, ou o utilizamos da melhor forma ou já era. Essa provocação, todavia, estava direcionada a pensar sobre a experiência que é de vida, que é profissional e que deveria tratar das lições práticas que a vida atenta nos oferece. É preciso cuidado, no entanto, para não tratar da experiência profissional como um requisito fundamental por si mesmo, o que comporta uma armadilha que pode nos aprisionar em procedimentos e padrões de conduta incapazes de responder adequadamente às mudanças, novas situações e novos contextos, que se tornaram tão comuns no nosso tempo. Tão importantes quanto a experiência são requisitos como a inquietude e a competência crítica que nos premiam com a inovação e a resolutividade. Gosto muito da metáfora pela qual, como nos carros, devemos trabalhar e viver olhando para trás pelo pequeno retrovisor e para frente, pelo amplo para-brisa. A questão fundamental sobre o sentido da vida não é trivial, todavia, de forma bem-humorada, dá para arriscar que é para frente!

Sobre leituras, promessas e profecias

Com o tempo aprendi a ouvir o que não é dito e principalmente a ler o que não tá escrito. Dito de outra forma, as mensagens podem estar no silêncio e nas condutas mais do que na palavra escrita ou dita, por outro lado palavras são suficientes para desinformar, denegrir e fazer promessas. Nos últimos anos, na reitoria da UFPA, eu li a conduta de duas pessoas não perfeitas, mas leais entre si, éticas, abertas ao diálogo e competentes para nos conduzir em uma conjuntura econômica, social e política das mais adversas. Minha experiência mais próxima com ambos se deu em um dos muitos processos de criação de programas/cursos de pós-graduação, um tipo de iniciativa que apoiaram fortemente. Essas duas pessoas, pelo que até então fizeram pela UFPA e por tantas pessoas que por ela tem suas vidas transformadas, têm o meu respeito, reconhecimento e gratidão. Fundamentado em fatos e atitudes, ouso profetizar que uma delas prosseguirá nos liderando.


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